Infectologia: sua importância na oncologia e na desospitalização

É comum que pacientes oncológicos apresentem, durante o tratamento, algum grau de comprometimento do sistema imunológico, pois a quimioterapia diminui as defesas naturais do organismo, deixando mais propensos a quadros infecciosos. O infectologista tem como foco preveni-los, atuando em conjunto com o oncologista.
“Pacientes oncológicos são deficientes na imunidade. E quando é instituído o tratamento, o sistema fica ainda mais fraco, se tornando suscetível a bactérias, fungos e vírus. Mesmo que nós façamos a prevenção, as internações são mais frequentes que o normal”, explica a infectologista da Oncotek Daniele Grisolia.
Para que a continuidade do tratamento aconteça, vários profissionais entram em cena para evitar uma hospitalização e o agravamento do quadro, e o infectologista é um deles. Isso se dá pelo fato de que, ao contrário de muitas especialidades, que concentram seus estudos em um órgão ou sistema do corpo, a infectologia atua em todo o organismo. E é esta área que trata das doenças infecto-contagiosas causadas por bactérias, vírus, parasitas ou fungos.
Cotidianamente, o infectologista, além de paciente com câncer, lida com pessoas com HIV, hepatites virais, doenças infecto-contagiosas em geral, como as transmitidas pelo Aedes aegypti, e infecções recorrentes, a exemplo da pneumonia e infecção urinária.
Quando se fala em hospitalização, o pensamento comum é julgar esta a forma mais segura para tratar uma complicação ou infecção. Equipe médica à disposição, tecnologia e medicamentos dão a impressão de melhor atendimento e, assim, melhor recuperação. Mas para alguns pacientes talvez não seja. O principal motivo pelo qual isso acontece é a exposição a bactérias “novas”.
“O hospital é um ambiente hostil, quando falamos de bactérias. Em casa, o paciente já está acostumado a conviver com aquela microbiota e também, fora do hospital, não temos superbactérias. Além disso, entre outros problemas, evita possíveis complicações e o aparecimento de escaras”, destaca a infectologista.
O infectologista, ao se deparar com um quadro infeccioso em um pacientes oncológico, analisa o caso junto ao Oncologista e verifica a possibilidade de dar continuidade ao tratamento em casa, com o nosso Home Care ou na clínica em esquema de leito-dia, onde o paciente se submete a uma antibioticoterapia e depois retorna ao lar.
“Muitas vezes o paciente necessita apenas de uma dose de antibiótico de 24 em 24 horas. Isso não pede uma internação de dias, é perfeitamente possível manter em casa ou, em caso de aplicação venosas, fazê-la na clínica. O impacto emocional de estar em casa é muito grande reflete diretamente no tratamento”, ressalta Daniele.
Sendo esta uma das peças-chave usadas para ajudar pessoas com câncer a enfrentar da melhor forma possível o tratamento, nossa principal meta aqui na Oncotek, com o infectologista no corpo clínico, essa é uma realidade possível: paciente em tratamento e mantendo o convívio da família e sua rotina.
Para isso, oferecemos a antibioticoterapia em duas modalidades fora do ambiente hospitalar. O tratamento pode ser feito com a aplicação das medicações na clínica ou ainda em casa, através da equipe de Home Care da Oncotek, especializada em casos oncológicos.